Uma cerimónia curta e restrita, devido à pandemia de covid-19, assinalou hoje o 35.º aniversário da tragédia de Heysel, que vitimou 39 pessoas na final da Taça dos Campeões Europeus de futebol entre o Liverpool e a Juventus.

No antigo estádio Heysel Park de Bruxelas, entretanto rebatizado como estádio Rei Balduíno, o presidente da câmara de Bruxelas, Philippe Close, e os embaixadores do Reino Unido e da Itália, na Bélgica, colocaram uma coroa de flores junto à placa na qual estão inscritos os nomes das vítimas mortais.

“É importante não esquecer as vítimas, este momento trágico marcou o início da luta contra o hooliganismo”, referiu Philippe Close.

Há 35 anos, os graves incidentes da final da Taça dos Campeões Europeus em Heysel Park marcaram o início da luta pela melhoria da segurança no futebol europeu e mundial.

Em 29 de maio de 1985, na final europeia entre Liverpool e Juventus, ganha pelos transalpinos com um golo de Michel Platini, 39 pessoas (32 das quais italianas) morreram e mais de 600 ficaram feridas.

Antes do início do desafio, e depois de vários incidentes nas ruas de Bruxelas, cerca de 200 ‘hooligans’ ingleses encurralaram italianos do setor Z do Heysel, que recuaram até o fim da arquibancada: as grades que poderiam permitir a evacuação estavam fechadas e a polícia empurrou de volta quem queria fugir.

Prensadas, as pessoas saltaram para o relvado, com o pânico a levar centenas a serem pisadas e esmagadas contra as grades, que cederam e foram derrubadas: o cenário mostra ainda barras de ferro usadas para bater em rivais.

Catorze adeptos do Liverpool foram condenados a três anos de prisão, em 1988, embora poucos tenham cumprido a pena, enquanto dirigentes da UEFA, federação belga e responsáveis policiais apenas cumpriram penas em liberdade condicional.