O futebol feminino devia estar “presente nas conversações” das diferentes instituições desportivas que debatem formas de combater a covid-19, defendeu hoje a responsável da área feminina da FIFpro.

“Neste momento, devemos convencer os dirigentes do quão importante é incorporar as mulheres e defender mensagens inclusivas”, sublinhou Amanda Vandervort, durante um encontro digital organizado pela ‘The Football Business Academy’.

Segundo a dirigente, o sindicato internacional dos jogadores de futebol tem trabalhado com a UEFA e FIFA para garantir que as mulheres façam parte dos trabalhos em busca de soluções para esta crise sanitária na modalidade, que está a “agravar a problemática das futebolistas”.

Vandervort recordou que nos últimos 18 meses “a trajetória do futebol feminino era fascinante”, com importantes dados de assistência nos estádios e audiência na televisão, contudo, com a pandemia que paralisou o futebol internacional desde março, “agora ninguém poderá dizer com certeza qual será o futuro do futebol”.

“Estamos preocupados que esta pandemia interrompa este crescimento e tenha um impacto negativo na situação das jogadoras. Podemos levá-las mais longe, mas dependemos de um esforço coletivo da comunidade do futebol”, apelou.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho, depois de a Liga alemã ter sido retomada no sábado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.