Portugal quer “fazer melhor” na sua segunda participação num Europeu de futebol feminino, numa edição, em Inglaterra, em que entra depois de ser ‘repescado’, face à exclusão da Rússia, por quem tinha sido afastado no ‘play off’.

Desde a qualificação, que fechou em abril de 2021, muito mudou: primeiro, a pandemia de covid-19 'obrigou' ao adiamento da fase final da competição para este ano, e, depois, a invasão da Ucrânia levou à exclusão da Rússia da fase final.

No Europeu, que decorrerá entre 06 e 31 de julho, Portugal ocupa a ‘vaga’ russa no grupo C, no qual terá como adversárias a Suécia, vice-líder do ‘ranking’ mundial, os Países Baixos, quartos e campeões em título, e a Suíça (20.ª).

Um grupo, tal como em 2017, nos Países Baixos, em que a equipa das ‘quinas’, 30.ª do ‘ranking’, aparece, teoricamente, na 'cauda', mas uma maior maturidade competitiva e novas soluções na equipa, podem trazer melhores resultados.

Entre as 27 jogadoras que estiveram no apuramento, até abril de 2021, o selecionador Francisco Neto manteve quase todas, numa lista em que saíram a 'capitã' Cláudia Neto, que se retirou da seleção, Mónica Mendes, Ana Capeta, Ana Dias e Ana Leite.

Em contrapartida, entre as 23 escolhidas para a fase final, o treinador promoveu as entradas de Rute Costa, que esteve no Europeu de 2017 e entra como terceira guarda-redes, e optou, à última hora, pela lateral Lúcia Alves, chamada para substituir a lesionada Mariana Azevedo.

No grupo ‘residente’ a grande mudança protagonizada por Francisco Neto está, porém, na diferença entre as escolhas feitas na equipa durante o apuramento para o Europeu e as mais recentes, já em âmbito de qualificação para o Mundial2023.

O estágio nos Estados Unidos, em junho de 2021, com jogos com as campeãs mundiais norte-americanas (derrota por 1-0) e a Nigéria (empate a 3-3) introduziu mudanças importantes, com Francisco Neto a testar novas soluções, que 'transformam' a atual equipa em algo diferente daquela que maioritariamente disputou a qualificação europeia.

Desde logo com as entradas das defesas Diana Gomes (central) e Catarina Amado (lateral direita), da média Andreia Jacinto, uma espécie de ‘herdeira’ de Cláudia Neto, ou da irreverente e promissora Francisca ‘Kika’ Nazareth, que passaram a ser apostas regulares.

Do núcleo duro continuam a fazer parte as centrais Carole Costa e Sílvia Rebelo, esta em aparente concorrência com Diana Gomes, a polivalente Ana Borges – agora na sua posição mais natural, no último terço -, as médias Dolores Silva e Tatiana Pinto, ou, ainda, Jéssica e Diana Silva.

Em Inglaterra, Portugal sabe que precisa de começar bem, no jogo de estreia com a Suíça (09 de julho), com uma margem diminuta para o erro, tendo em conta que as dificuldades tendem a aumentar nos dois últimos jogos.

Com todos os jogos da fase de grupos em Leigh, na grande Manchester, a equipa defronta na segunda jornada os Países Baixos (13 de julho), as campeãs em título e vice-campeãs mundiais, num jogo de elevadíssima dificuldade, antes de novo 'teste de fogo'.

Na terceira e última jornada, em 17 de julho, Portugal encontra a vice-líder mundial Suécia, adversário que até já venceu nos últimos anos, na Algarve Cup de 2019 (2-1), num jogo em que as nórdicas ficaram reduzidas a 10, aos 42 minutos.

Em todos os adversários, a equipa lusa vai ter pela frente jogadoras muito experientes, mesmo diante da Suíça, da qual fazem parte as médias Ana-Maria Crnogorcevic (FC Barcelona), Noelle Maritz e Lia Wälti (Arsenal) ou a avançada Ramona Bachmann (Paris Saint-Germain).

Nos Países Baixos, a melhor jogadora de 2017, a avançada Lieke Martens (FC Barcelona), continua a ser uma referência, mas também San van Veenendaal, a melhor guarda-redes do Mundial2019, ou Viviane Miedema, atacante do Arsenal, ainda que a grande 'baixa' esteja na equipa técnica.

A campeã europeia e vice-campeã mundial em título não conseguiu segurar a selecionadora Sarina Wiegman, eleita em 2020 e 2017 e novamente candidata a melhor do mundo em femininos, que é a atual líder da seleção de Inglaterra.

Na Suécia, as atenções viram-se para a veterana Caroline Seger (Rosengard), que, aos 37 anos, é a jogadora mais internacional de sempre, com 229 jogos pela equipa nórdica e 13 participações em fases finais de grandes competições.

No grupo, o selecionador Peter Gerhardsson, que substituiu Pia Sundhage após o Euro2017, conta com um bom naipe de futebolistas, em que se destacam a central Magdalena Eriksson, 'capitã' do Chelsea e considerada uma das melhores do mundo na posição, embora também seja utilizada no lado direito da defesa, e a avançada Fridolina Rolfo, atacante do vice-campeão europeu FC Barcelona.

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