A imprensa neerlandesa avança que os adeptos dos Países Baixos foram impedidos de entrar na Fan Zone em Budapeste com bandeiras arco-íris, representativa do movimento LGBTQI+.

Um porta-voz da Federação dos Países Baixos confirmou à ESPN local que os seguranças do espaço pediram que lhes fossem entregues as bandeiras a pedido da UEFA.

A UEFA já reagiu às notícias, clarificando que a proibição não veio da sua parte, dado que a Fan Zone é responsabilidade das autoridades locais.

O organismo que comanda o futebol europeu informou ainda que já contactou a Federação Húngara que "símbolos coloridos com o arco-íris não são políticos" e que as bandeiras serão permitidas no interior da Puskas Arena, onde os Países Baixos jogam com a República Checa esta tarde.

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Este é mais um capítulo de uma polémica que começou na passada terça-feira, quando a UEFA rejeitou projeto da cidade de Munique para iluminar o estádio com as cores do arco-íris no jogo entre a Alemanha e a Hungria, do grupo F do Euro2020 – que integra Portugal -, justificando que, pelos seus estatutos, “é uma organização política e religiosamente neutra".

O município presidido por Dieter Reiter pretendia iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris, símbolo associado à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), para "enviar um sinal de cosmopolitismo, tolerância, respeito e solidariedade para com as pessoas” daquela comunidade.

A iniciativa pretendia manifestar apoio à comunidade LGBT na Hungria, Estado-membro da União Europeia, que aprovou recentemente uma lei que proíbe a divulgação de conteúdos sobre orientação sexual a menores de 18 anos.

Vários responsáveis europeus reagiram à decisão da UEFA: o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, considerou que a UEFA “enviou o sinal errado” e o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Clément Beaune, frisou que se trata de uma “decisão política”.

No dia do Alemanha-Hungria, não se iluminou o estádio, mas iluminou-se tudo à sua volta.
A cidade de Munique ‘vestiu’ o arco-íris, lembrando a luta da comunidade LGBT+ e contra a UEFA ter impedido a iluminação da Allianz Arena com essas cores, ainda que um ativista tenha levado uma bandeira ao relvado.

Pouco antes do apito inicial da partida, um ativista saltou das bancadas para o relvado com uma grande bandeira do arco-íris, antes de a segurança o derrubar e retirar de campo.

De resto, sem o estádio colorido, a cidade não tardou em ‘brilhar’ por outros espaços, entre espaços oficiais do município e vários outros locais da cidade, decorados com bandeiras que simbolizam a universalidade do movimento.

Em Marienplatz, principal praça da capital bávara, não faltavam bandeiras, o que também se viu na torre da Aldeia Olímpica, em moinhos de vento e noutros locais diversos.

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