Jean-Michel Aulas já reagiu aos incidentes ocorridos no jogo da Taça de França entre o Lyon e o Paris FC. Adeptos das duas equipas envolveram-se em confrontos, alguns invadiram o relvado, o que levou a fuga dos jogadores para os balneários. O jogo foi interrompido e não foi retomado já que o árbitro considerou que não havia condições para tal.

"É dramático para o futebol. Esta noite vimos coisas inaceitáveis. Ainda não sei exatamente o que aconteceu. Acredito que as responsabilidades são compartilhadas. Não é tudo culpa dos nossos adeptos. Teremos que analisar o que aconteceu. O Lyon não tem que assumir total responsabilidade pelos incidentes. Vamos procura encontrar a verdade e o clube decidiu apresentar uma reclamação. Se nossos adeptos estiverem envolvidos, eles vão ser severamente punidos. Disseram-me que adeptos do PSG estavam lá, que os fogos-de-artifício vinham de adeptos parisienses. Queremos saber o que realmente aconteceu", disse o presidente do Lyon.

O Lyon, castigado com um ponto na classificação por incidentes no seu estádio Groupama, arrisca-se assim a novo castigo na justiça desportiva.

O clube do guarda-redes luso Anthony Lopes esteve no centro de recentes alterações para os jogos das Ligas profissionais, decididas esta semana. A regra é agora a suspensão imediata caso algum jogador ou árbitro seja ferido por objetos lançados das bancadas.

A decisão, que se inclui numa lista de várias medidas para melhorar a segurança nos jogos de futebol, surge numa altura em que vários recintos franceses têm sido palco de incidentes com o lançamento de objetos para o relvado.

Um deles ocorreu em 21 de novembro, no jogo Lyon-Marselha, da 14.ª jornada do campeonato, suspenso depois de Dimitri Payet, jogador da equipa visitante, ter sido atingido no rosto por uma garrafa de água quando se preparava para bater um canto.

O agressor do jogador foi, entretanto, condenado a seis meses de prisão com pena suspensa e impedido de ir ao estádio do Lyon durante cinco anos.