O detentor do título Palmeiras, de Abel Ferreira, e o Flamengo, campeão há dois anos com Jorge Jesus, vão disputar no sábado a segunda final consecutiva entre brasileiros na Taça Libertadores em futebol, no Estádio Centenário, em Montevideu.

O ‘verdão’, vencedor em 1999 e 2020, ou o ‘rubro-negro’ campeão em 1991 e 2019, vão sair do Uruguai com um terceiro cetro, que, de uma forma ou de outra, será o 21.º do Brasil – a Argentina continuará a ‘reinar’, com 25 - e o terceiro consecutivo, podendo ser todos com um treinador luso ao leme.

Depois da vitória de Jorge Jesus, em 2019, Abel Ferreira, que chegou a meio da campanha da edição anterior, pode somar o segundo sucesso em 2021, já que a final da Libertadores de 2020 só se realizou este ano, devido à pandemia da covid-19.

O Palmeiras partiu como favorito para a final de 30 de janeiro, no Maracanã, com o Santos, que bateu por 1-0, com um golo de Breno Lopes, aos 90+9 minutos, mas, desta vez, mesmo sendo campeão, é o ‘outsider’, perante o bicampeão brasileiro em título Flamengo.

Comandado por Renato Gaúcho, que já ganhou a prova como jogador (1983) e treinador (2017), ao serviço do Grêmio, o ‘mengão’ tem futebolistas mais categorizados e experientes, e um conjunto que pouco mudou em relação ao que Jorge Jesus construiu.

O ex-avançado internacional ‘canarinho’, que sucedeu a Rogério Ceni após a fase de grupos, herdou uma equipa ‘feita’, tendo em conta que, dois anos depois, poucas são as mexidas, com as baixas importantes limitadas a Rafinha, Pablo Marí e Gerson.

De resto, estão lá todos, nomeadamente Diego Alves, Filipe Luís, William Arão, Diego, Éverton Ribeiro, De Arrascaeta, Bruno Henrique e o ex-benfiquista Gabriel Barbosa, e há agora outros consagrados, como Mauricio Isla, David Luiz e Andreas Pereira, mais Bruno Viana, ex-jogador do Sporting de Braga.

Por seu lado, o Palmeiras não tem jogadores da mesma craveira, mas possui igualmente um conjunto já muito bem entrosado e com muitas soluções de qualidade, que também pouco ou nada mudou em relação aquele que se sagrou campeão no início do ano.

Na campanha rumo a Montevideu, Abel Ferreira fez passar pelo ‘onze’ quase 30 jogadores e utilizou vários sistemas táticos, mas jogou maioritariamente com três centrais - Luan, o líder e capitão Gustavo Gómez e Renan -, à frente do guarda-redes Weverton.

Quanto aos laterais, Marcos Rocha foi quase sempre opção para a direita, enquanto à esquerda, e com a saída de Matías Viña, foram muitos os jogadores utilizados, como Victor Luis e, mais recentemente, o uruguaio Piquerez, possível titular na final.

No meio-campo, Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga foram os mais vezes eleitos, mas Felipe Melo e Patrick de Paula também estiveram várias vezes no ‘onze’, enquanto na frente, Rony foi presença constante, ao lado de Luiz Adriano, Dudu ou Wesley.

O conjunto de Abel Ferreira venceu oito dos 12 jogos na campanha rumo à final, cedendo apenas três empates e uma derrota, esta na fase de grupos, por 3-4, na receção ao Defensa y Justicia e quando já tinha o apuramento garantido.

A formação campeã em título venceu o Grupo A, à frente dos argentinos, do Independiente del Valle, de Renato Paiva, e do Universitário, para, depois, afastar consecutivamente Universidad Católica, São Paulo e Atlético Mineiro.

O ‘verdão’ somou dois triunfos por 1-0 face aos chilenos, superou o São Paulo com um claro 3-0 caseiro, após um empate 1-1 fora, e, nas meias-finais, eliminou com grandes dificuldades o quase novo campeão brasileiro, o Atlético Mineiro, com um 0-0 em casa e um 1-1 fora. Decidiu Dudu, aos 68 minutos.

Por seu lado, o Flamengo está invicto, depois de nove vitórias e três empates, todos na fase de grupos, que não impediram o triunfo no Grupo G, à frente de Velez Sarsfield, Liga Quito e Unión La Calera, ainda com o ex-guarda-redes Rogério Ceni ao comando.

Com Renato Gaúcho, a eliminar, o conjunto do Rio de Janeiro venceu todos os encontros, superando o Defensa Y Justicia por 5-1 (1-0 fora e 4-1 em casa), o Olimpia por 9-2 (4-1 fora e 5-1 em casa) e o Barcelona por 4-0 (2-0 em casa e 2-0 fora).

Nas meias-finais, face aos equatorianos, destaque para o avançado Bruno Henrique, que marcou os quatro golos, ao ‘bisar’ nos dois jogos. O melhor marcador, da equipa e da prova, ainda é, porém, Gabriel Barbosa, com 10 tentos.

Em relação a recentes confrontos diretos, o Flamengo venceu no Allianz Park por 3-1, em 12 de setembro, com um ‘bis’ de Michael e um tento de Pedro, depois de Wesley abrir o marcador, em encontro da 20.ª jornada do ‘Brasileirão’.

A abrir o campeonato, em 30 de maio, o ‘rubro-negro’, ainda liderado por Rogério Ceni, também se impôs, então por 1-0, no Maracanã, graças a um golo de Pedro.

O encontro entre Palmeiras e Flamengo, da final da 62.ª edição da Taça Libertadores em futebol, está marcado para sábado, no Estádio Centenário, em Montevideu, no Uruguai, a partir das 17:00 locais (20:00 em Lisboa).

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