Os jogadores do Leeds United, líder do Championship inglês, aceitaram uma redução dos seus salários para a ajudar o clube a fazer face a pandemia de COVID-19.

Num comunicado publicado no site do emblema da segunda divisão inglesa, o clube escreve que "os jogadores, staff técnico e dirigentes decidiram, de livre vontade, um corte nos salários para assegurar que os funcionários que trabalham em Elland Road [estádio] e Thorp Arch [centro de treinos] possam receber, por inteiro, os seus salários e possam manter os seus empregos nestes tempos incertos".

O emblema de Elland Road sublinha que a decisão foi tomada depois de uma reunião entre a direção liderada por Angus Kinnear, o diretor para o futebol, Victor Orta e vários jogadores do plantel principal. A decisão de cortar nos salários partiu dos próprios jogadores para assegurar que as 277 pessoas que trabalham no clube possam ter os salários em dia, nestes tempos de estado de emergência devido ao surto de COVID-19.

"O Leeds é uma família, essa é a cultura criada por todos neste clube, dos jogadores aos dirigentes, do staff técnico aos trabalhadores e adeptos nas bancadas. Vivemos tempos difíceis e incertos e é importante trabalharmos todos em conjunto para encontrar uma forma de o clube ultrapassar este período difícil e terminar a época da forma que todos esperamos", escreveram os jogadores.

A mensagem dos jogadores impressionou Victor Orta, diretor para o futebol do clube treinado por Marcelo 'El Loco' Bielsa.

"Os meus jogadores demonstraram um incrível sentido de unidade e união, estou orgulhoso pelo que fizeram. Agradecemos a Marcelo [Bielsa], o seu staff e os jogadores, por colocarem o clube em primeiro lugar e tomarem conta da nossa família. Devemos focar agora na saúde pública e, depois de todos estarem bem, focarmos no que começamos", disse o dirigente, terminando a sua intervenção com um "vamos, carajo".