O selecionador dos Camarões, o português António Conceição, elogiou hoje o Egito, orientado por Carlos Queiroz, adversário nas meias-finais da Taça das Nações Africanas de futebol, mas disse que a ambição dos anfitriões do torneio é “chegar à final”.

“A presença nas meias-finais já é um momento de satisfação, mas não estamos completamente satisfeitos, porque o objetivo, como sempre disse, é chegar à final e, aí, poder lutar pelo primeiro lugar”, atirou o selecionador dos camaroneses, que este ano acolhem a Taça das Nações Africanas (CAN) relativa ao ano de 2021, adiada devido à pandemia de covid-19.

Na quinta-feira, face a um Egito liderado por “uma das referências do futebol europeu e mundial”, o avançado do Liverpool Mohamed Salah, é possível jogar “de igual para igual”, mas sem estarem “rigorosos e concentrados” o jogo pode não correr de feição.

“O jogo pode ser muito equilibrado e decidido nos pormenores. Não devemos abdicar da nossa forma de atuar”, admitiu Conceição.

Os elogios à seleção egípcia, um “adversário difícil com grande historial na CAN”, com sete triunfos na competição, um recorde, também comprovam que para os Camarões chegar aqui é prova de um campeonato “muito regular, com qualidade no jogo apresentado”.

Essas qualidades serão necessárias para os pentacampeões africanos poderem bater “uma das melhores equipas africanas”, ainda para mais orientada pelo compatriota Queiroz, conhecido “no futebol português e no futebol mundial” por ter treinado “excelentes equipas e seleções” e ter vencido dois Mundiais sub-20 por Portugal.

“Compete-me apresentar a melhor estratégia, motivar mais os jogadores, embora isso já aconteça num desafio como este, e criar dinâmicas nas transições que possam surpreender”, acrescentou.

A chegada à final de um técnico luso, de resto, é a prova de que o futebol português está “bem representado”, prova da “capacidade dos treinadores nacionais, reconhecida em todo o mundo”.