O número de praticantes de futebol feminino em Portugal teve um crescimento de 35,1 por cento, o maior da última década, segundo dados revelados pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Na última época, que viu entrar na Liga principal de seniores o Sporting, campeão e vencedor da Taça de Portugal, e o Sporting de Braga, aumentou o número de praticantes federadas, que agora se situa em 4.132 futebolistas.

Em seniores, os números descem para 1.054 jogadoras, enquanto nos escalões de formação estão inscritas 3.078 futebolistas.

No último ano, em novembro, no ‘play-off’ com a Roménia (0-0, 1-1), o futebol feminino português conseguiu o maior feito da sua história, desde o primeiro jogo oficial em 1981, ao apurar a seleção A para o primeiro Europeu.

A competição decorre na Holanda e Portugal, integrado no grupo D, é a equipa com ‘ranking’ mais baixo (38.º), tendo defrontado já a Espanha (13.ª do mundo), com a qual perdeu por 2-0, e a Escócia (21.ª), que venceu por 2-1.

Na quinta-feira, a equipa das ‘quinas’ defrontará em Tilburgo, às 19:45 de Lisboa, a Inglaterra (quinta da FIFA), que, na sua Federação, conta com mais de 106.000 futebolistas federadas, 25 vezes mais do que Portugal.

A aposta da FPF tem sido feita também nos escalões de formação, o que levou já as equipas de sub-17 e sub-19 a fases finais do Europeu.

De acordo com a FPF, é “uma nova geração muito jovem a despontar: 86 por cento das jogadoras nas competições femininas em Portugal têm até 23 anos”, e as sub-16, criadas há apenas quatro anos, venceram em 2016 o torneio de desenvolvimento da UEFA.

A seleção feminina, que disputa o Europeu na Holanda, tem uma média de idades de 24,6, com Diana Gomes – chamada para substituir a lesionada Jéssica Silva - a ser a mais nova, com 18 anos, e Carolina Mendes, a autora do primeiro golo num Europeu, a ser a mais velha, com 29 anos.