Os representantes dos seis clubes do Campeonato de Portugal que pretendiam disputar os 'play-offs' de acesso à II Liga abandonaram hoje a reunião na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) devido à ausência do presidente, Fernando Gomes.

Em declarações ao jornal desportivo 'Record', o presidente do Fafe, Jorge Fernandes, garante que os clubes vão continuar a lutar contra a decisão da FPF.

"Enviámos um e-mail à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a solicitar uma reunião com o Dr. Fernando Gomes, mas quando chegámos apercebemo-nos de que a FPF não ia ser representada por ele e já tínhamos definido que se ele não aparecesse que íamos embora. Vamos continuar a lutar. Sabemos que temos algum espaço de manobra, não é por acaso que os seis clubes - do Campeonato de Portugal - se uniram. É complicado estarmos a lutar por uma II Liga e de repente vermos-nos na 4.ª divisão", admitiu Jorge Fernandes.

Já à saída da reunião, o presidente do Fafe se tinha mostrado desanimado com a situação. "Isto é um desânimo total. Tenho vontade de desistir do futebol, porque não há verdade desportiva. Esta paragem vai ser grande, porque esta pandemia vai continuar e há tempo para se repensar no futebol", referiu.

Os primeiros classificados das séries C e D, Praiense e Olhanense, respetivamente, e os segundos classificados de todas as quatro ‘poules’, casos de Fafe, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco e Real Massamá pretendiam manifestar junto ao líder federativo o seu descontentamento com o fim precoce do campeonato que impossibilitou a realização dos ‘play-offs’.

A presença de Fernando Gomes na reunião nunca foi equacionada, até porque o líder federativo não estava hoje na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde o responsável pelo Praiense acederia ao encontro por videoconferência.

Em causa está a decisão de a FPF ter indicado Vizela e Arouca, os dois clubes com mais pontos, para a subida à II Liga, na sequência da conclusão precoce da competição, em 08 de abril, depois da suspensão preventiva, por tempo indeterminado, em 12 de março, devido à covid-19.