O Comité Paralímpico Cabo-verdiano (COPAC) promete adaptar-se à nova realidade motivada pela covid-19, para planear a retoma dos planos de qualificação para os Jogos Paralímpicos Tóquio’2020, adiados para 2021, de modo a ultrapassar todas as contrariedades junto dos atletas.

O presidente do COPAC avançou, em entrevista à Inforpress, que esta organização cabo-verdiana está a trabalhar junto do Comité Paralímpico Internacional no sentido de implementar um projeto já definido, aquando da vinda do especialista português Jorge Carvalho, que tem estado a fazer o acompanhamento de alguns comités paralímpicos africanos.

Rodrigo Bejarano disse acreditar na preparação de um plano estratégico pós covid-19 virado para os próximos Jogos Paralímpicos, para a definição de uma nova forma de treinar/preparar e de se estar no desporto, “com muitos cuidados, seguindo rigorosamente todas as indicações e orientações do Plano Nacional de Emergência”.

Gracelino Barbosa, Márcio Fernandes, Keula Semedo, todos atletas residentes da diáspora são apontados pelo COPAC como potenciais candidatos à qualificação ao que se juntam aos residentes como Marilson Semedo de entre outros, pelo que Bejarano disse estar à esperar de um novo calendário internacional para planear a deslocação dos atletas à procura dos mínimos para Tóquio’2021.

Considerou, que assim como todo o mundo, os atletas paralímpicos estão a viver uma nova realidade, “um pouco constrangedora”, alegando que o COPAC já tinha um plano minimamente estabelecido para as participações internacionais em provas de qualificações e que já contava com alguma verba proveniente dos parceiros.

“Tivemos de nos adaptar à nova realidade. Vários dos nossos atletas estão sendo apoiados financeiramente com as nossas possibilidades para que continuem a treinar, inclusive depois do período de emergência. Já retomaram os treinos, mas precisamos de um acompanhamento presencial dos nossos atletas junto dos seus técnicos”, realçou.

Considerou determinante este acompanhamento presencial para que os atletas recuperem as suas capacidades físicas e psicológicas, asseverando que todo o mundo estava preparado para o Tóquio’2020, pelo que disse entender que isto afeta sobretudo os jovens com deficiência.

“Acredito nos nossos parceiros como o recém-criado Instituto do Desporto e da Juventude e parceiros internacionais. Vamos ter tempo de planear, da melhor forma possível, a nossa participação em Tóquio para que possamos estar preparados para esta competição mundial”, prognosticou Rodrigo Bejarano.

Cabo Verde acumula um total de 792 pessoas infectadas, sendo 398 ativos, 385 recuperados e sete óbitos.