A Federação alemã de futebol (DFB) disse hoje que não haverá sanções a jogadores que se manifestem em relação à morte do afro-americano George Floyd, justificando que os seus princípios são de combate à discriminação e ao racismo.

“A DFB tem adotado uma posição firme contra qualquer forma de racismo, discriminação ou violência, defendendo a tolerância, abertura de espírito e diversidade, valores que são alicerce dos estatutos da DFB”, refere em comunicado a Federação germânica.

A nota surge no seguimento de gestos de quatro futebolistas na última jornada da ‘Bundesliga’.

Hakimi e Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, apresentaram nas camisolas a mensagem “justiça para George Floyd”, Marcus Thuram marcou pelo Borussia Mönchengladbach e pousou um joelho na relva, imitando o gesto de Colin Kaepernick em 2016, de combate ao racismo, e McKennie, do Schalke, usou uma braçadeira de capitão a pedir também “justiça para George Floyd”.

A Federação chegou a abrir um inquérito, como determinam os regulamentos, mas deixou hoje claro que estas ações dos jogadores merecem o seu “respeito e compreensão”, o que se aplicará a situações semelhantes.

Esta tomada de posição tem o apoio da FIFA, cujo presidente, Gianni Infantino, disse na terça-feira, que estas homenagens "merecem ser aplaudidas e não sancionadas".

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, no estado do Minnesota, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.

Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, mas diversos comentários do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em terceiro grau e de homicídio involuntário.

A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.

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