Em entrevista à TVI24, Luís Filipe Vieira manifestou total confiança no atual treinador da equipa principal, Bruno Lage, que substituiu Rui Vitória em janeiro, mas confessou que o alvo inicial para render Vitória era José Mourinho.

“Quando Rui Vitória saiu, dissemos ao Bruno Lage que estávamos a conversar com o Mourinho, mas que, se o Mourinho não viesse, ele [Bruno Lage] seria o treinador principal. Curiosamente, o próprio Bruno Lage disse que, se o Mourinho viesse, ele próprio o iria buscar. Não estivemos em negociações, houve, sim, conversas com o Zé”, disse.

De resto, Vieira referiu que já falou com Lage sobre uma renovação de contrato: “Tem mais três anos de contrato e já abordámos a renovação.”

A intenção de renovar vínculos estende-se a alguns jogadores do plantel principal, nomeadamente Grimaldo (que termina contrato em 2021) e Jota (em 2022), cujos processos estão próximos de ficarem resolvidos.

“O processo do Jota, penso que dentro de dias estará resolvido. O outro jogador é o Grimaldo. Vamos chegar a acordo brevemente”, adiantou, não esquecendo Rúben Dias, um atleta que o presidente do Benfica quer segurar por muitos anos, ampliando-lhe o contrato, válido até 2024, e o salário.

Luís Filipe Vieira foi perentório: “É um jogador à Benfica, super competitivo, poderá ser o futuro capitão e o Benfica não o poderá perder, deverá mantê-lo. É um dos líderes daquele balneário. Tem 11 anos de Benfica. Iremos fazer o esforço, sempre dentro dos limites, para que fique connosco. É titular indiscutível do Benfica e é titular da seleção. Fizemos uma proposta, vamos ver o que acontece. Pretendemos aumentar a cláusula de rescisão e, por conseguinte, o salário.”

Se Vieira admitiu ser possível “falar com o presidente do Sporting”, Frederico Varandas, o mesmo não acontece com o líder do FC Porto, Pinto da Costa, considerando não haver “condições” para tal.

A crise no Sporting é, segundo o presidente do Benfica, algo “muito mau para o futebol português”, sendo que Vieira gostava de ver o clube de Alvalade “a competir com o Benfica e com o FC Porto”.

Luís Filipe Vieira confirmou ainda a intenção de proceder a um aumento da capacidade do Estádio da Luz “até ao final do atual mandato”, que termina em 2020, e deixou uma certeza quanto ao seu futuro à frente do clube ‘encarnado’.

“Não vou sair no final de um mandato. Quando sair, será a meio de um mandato. Quando perceber que já fiz o que tinha de fazer, saio. Quando tiver feito tudo o que pretendo. Quero sair numa altura em que seja recordado e em que não esteja a ser julgado por resultados”, concluiu.