Cristiano Ronaldo marcou na quarta-feira o seu 760.º golo na carreira, na vitória da Juventus por 2-0 sobre o Nápoles, na Supertaça de Itália. Há quem alega que CR7 passou a ser o melhor marcador da história do futebol. No entanto, há dúvidas se o português é mesmo o dono do recorde.

Com cinco golos pelo Sporting, 118 pelo Manchester United, 450 pelo Real Madrid, 85 pela Juventus e 102 pela seleção de Portugal, não há qualquer debate sobre a contagem dos golos de Cristiano Ronaldo.

O avançado português, que completa 36 anos no próximo mês de fevereiro, é o detentor indiscutível de vários recordes, como o de melhor marcador do Real Madrid e de Portugal, e acima de Lionel Messi na tabela de golos da Liga dos Campeões.

Mas a incerteza surge sobre os totais dos seus rivais de épocas anteriores, com a dupla brasileira Pelé e Romário a alegar que têm mais de mil golos marcados.

No mês passado, Messi, do Barcelona, ​​bateu o recorde que era de Pelé, de 643 golos por um único clube, mas o Santos veio colocar mais incertezas sobre essa discussão ao afirmar que o triplo campeão do mundo marcou 1.091 golos pelo emblema santista, incluindo jogos amigáveis.

A própria biografia de Pelé no Instagram afirma que ele é o "melhor marcador de todos os tempos (1.283 golos)".

No entanto, se focarmos apenas em jogos oficiais, o brasileiro aparentemente ainda está atrás de Josef Bican, que os historiadores do futebol calcularam ter marcado 805 golos, entre 1931 e 1955, jogando por meia dúzia de clubes, além das seleções da Áustria e da antiga Checoslováquia.

"'Pepi', como era conhecido, tem o crédito de marcar 805 golos em 530 jogos, o que lhe dá uma média de 1,52 golos por jogo na carreira", pode-se ler num artigo publicado no FIFA.com no ano passado sobre o goleador checo.

No entanto, nessa contagem, estão 27 golos marcados pelas equipas secundárias e amadoras do Rapid Vienna, além de outros que não foram apontados em jogos oficiais.

Se tirarmos esses golos, Bican fica com 759 tentos em apenas 495 jogos, embora o site internacional de pesquisa de futebol RSSSF (Rec. Sport Soccer Statistics Foundation) diga que os dados da temporada de 1952 do checo na segunda divisão do país estejam incompletos.

A Pelé é atribuído entre 757 e 767 golos em jogos oficiais ao longo da sua carreira, que incluiu os marcados pelos seus 92 jogos internacionais pelo Brasil e outros nas duas temporadas que passou no New York Cosmos, dos EUA.

Pelé aparece em terceiro lugar (767) no site internacional de pesquisa de futebol RSSSF, atrás de Romário, que ajudou o Brasil a vencer o Mundial de 1994 e terminou a carreira com 772 golos apontados.

Em 2007, Romário comemorou o facto de ter marcado 1000 golos da carreira na sua contagem pessoal, que inclui já os tentos apontados nas camadas jovens e em jogos amigáveis.

Outros relatórios e estatísticas sugerem que Romário marcou menos de 750 golos a nível oficial, numa longa carreira que incluiu passagens pelo PSV Eindhoven, Barcelona, ​​Flamengo, Miami FC e Adelaide United, entre outros clubes.

Quanto a Messi, que aos 33 anos é dois anos mais novo que Cristiano Ronaldo, conta com 719 golos pelo Barcelona e pela seleção da Argentina e, sem dúvida, entrará na equação sobre os melhores marcadores de sempre antes de terminar a carreira.

O certo é que, mesmo que Ronaldo não tenha quebrado o recorde de todos os tempos, a marca parece bem ao alcance de um jogador que continua a marcar a um ritmo notável à medida que se aproxima do seu 36º aniversário.

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