O presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, considera que a tecnologia do VAR, tal como é utilizada atualmente, não funciona e vai propor alterações. "É uma confusão! Veio mudar a forma como o jogo decorre", apontou em entrevista ao jornal britânico 'Mirror' o esloveno, que se encontra na presidência do organismo máximo do futebol europeu desde 2016.

Čeferin explicou na mesma entrevista por que razão não é fã do vídeoárbitro e o que mudou desde a sua introdução. "Hoje em dia os assistentes já nem levantam a bandeira, esperam sempre. Os jogadores já não celebram, primeiro precisam esperar pelo VAR", referiu.

Para o presidente da UEFA é necessário que sejam levadas alterações nos moldes em que o sistema funciona atualmente, nomeadamente no que toca à avaliação dos foras de jogo. "Se tiveres um nariz longo, agora estás sempre em fora de jogo. As linhas são subjetivas, porque são feitas pelo VAR. A nossa proposta, que vamos discutir na próxima reunião com os árbitros, é uma tolerância de dez a 20 centímetros", afirmou.

Čeferin falou ainda da sempre polémica questão das mãos na bola, referindo que sequer entre os treinadores há consenso sobre o que é ou não falta e apontando diferenças no critério e na aturação dos árbitros de Liga para Liga e de país para país no que toca à avaliação destes lances desde a introdução do VAR.

"Tivemos uma reunião com treinadores onde estavam nomes como Klopp, Guardiola, Allegri, Ancelotti ou Zidane. O nosso responsável de arbitragem mostrou uma mão na bola e perguntou se era falta. Metade disse que sim, metade disse que não. Pergunto o quão clara é a regra. Alguns árbitros em Inglaterra nem sequer vão ver o lance, mas em Itália vão ver durante meia hora. É uma confusão", conclui o presidente da UEFA.