A namorada de Emiliano Sala falou pela primeira vez após a tragédia que culminou com a morte do jogador argentino, com quem namorava desde 2017

Em entrevista ao jornal Globo, Luiza Ungerer, jogadora de voleibol, contou alguns detalhes sobre a forma como os dois se conheceram, bem como o drama vivido ao longo das últimas semanas enquanto o corpo do namorado não foi encontrado.

"Ele disse-me que tinha reunido com o Cardiff e que ao negócio estava fechado, que ia jogar lá. Deixou-me muito feliz, porque vi que ele também estava. Era o sonho dele, jogar na Premier League, a melhor liga do Mundo", começou por dizer a atleta brasileira, que revelou ter falado com Sala no dia em que o avião desapareceu.

"Só queria que ele voltasse para trás. Há muitas pessoas a perguntarem-me coisas horríveis sobre o acidente. Tem sido muito difícil", referiu Luiza, que conheceu o futebolista porque ambos jogavam na cidade de Nantes.

"Na rua, as pessoas reconheciam-no, iam falar com ele, tiravam fotografias. Eu perguntava-lhe: 'por que raio é que marcas tantos golos?' Ele não percebia, porque era uma pessoa simples, com um coração puro. Por vezes era até ingénuo", salientou a jogadora de voleibol, salientando que nunca perdeu a esperança de o encontrar vivo.

"Sempre acreditei [que Sala estivesse vivo], mesmo após o desaparecimento porque nessas horas tem que se ter. Agarramo-nos ao que temos. Até ao momento em que encontraram o corpo, tive esperança. Mas ao mesmo tempo, pensava: ‘tomara que seja ele’ Foi muita angústia, sem saber onde estava o avião, sem saber o que ia acontecer, com as buscas que nunca deviam ter sido interrompidas. Todos os dias foram angustiantes", acrescentou.

Luiza Ungerer prestou ainda homenagem a Sala fazendo uma tatuagem. A imagem foi partilhada nas redes sociais com uma mensagem emocionada.

"Obrigado por seres quem és. Vou amar-te para sempre", deixando ainda uma promessa: "A partir de agora vou ser feliz por mim e por ele. Era isso que ele queria".

A tatuagem de Luiza Ungerer
A tatuagem de Luiza Ungerer créditos: DR