O jornal Almeirinense pediu hoje uma “reunião urgente” à Associação de Futebol de Santarém e ao comando da GNR na sequência de agressões ao seu repórter no final do jogo entre o Amiense e a União de Almeirim.

O administrador do jornal que se publica em Almeirim (distrito de Santarém), Pedro Sousa Silva, disse à Lusa que, além de ter sido interrompida a transmissão em direto que estava a ser feita do jogo realizado domingo no campo do Amiense (em Amiais de Baixo, concelho de Santarém), devido a “vários incidentes”, o repórter do Almeirinense foi agredido “a murro e pontapé” no final do jogo.

Segundo o responsável, o repórter estava a filmar com o telemóvel “uma briga” entre adeptos dos dois clubes, tendo sido abordado pelos apoiantes do Amiense envolvidos na altercação que o agrediram, ferindo-o no lábio e num olho, e se apoderaram do telemóvel para apagarem as imagens.

O jovem viu ainda o seu carro cercado, tendo conseguido sair do local, conduzindo até ao Hospital de Santarém, onde recebeu assistência médica, disse Pedro Sousa e Silva.

O responsável disse à Lusa ser “revoltante” que os dois agentes da GNR presentes no local tenham ignorado os apelos para intervirem na situação e não tenham feito qualquer diligência no sentido de evitar as agressões e de identificar os agressores, assegurando que esta é “uma situação recorrente” naquela localidade.

Pedro Sousa e Silva afirmou que pediu uma “reunião urgente” tanto ao comando de Santarém da GNR como à Associação de Futebol de Santarém e que irá “até às últimas consequências para que situações como esta não se repitam”.

“Esta situação não é inédita”, declarou, adiantando que o jornal vai apresentar uma queixa-crime, querendo juntar como prova as imagens recuperadas no telemóvel e testemunhas que presenciaram a ocorrência.

Por outro lado, foi contactada a direção do Amiense no sentido de saber quem é o proprietário da viatura que sofreu “um toque” no momento em que o repórter saiu do local com o seu carro, para o jornal assumir as suas responsabilidades quanto a eventuais danos, acrescentou.

A Lusa questionou a GNR, tendo esta assegurado que, “durante o jogo, não foi registada qualquer alteração de ordem pública, nem solicitado qualquer apoio aos militares”.

Na sua resposta, a Guarda Nacional Republicana afirma que, depois da reunião com a equipa de arbitragem, os militares que policiaram o jogo foram “informados que existiria uma contenda entre os adeptos das duas equipas no exterior do estádio”, tendo aí “visualizado cerca de uma centena de adeptos exaltados e a provocarem-se mutuamente”.

Segundo a GNR, os militares separaram os adeptos e dirimiram o conflito, tendo-se apercebido nessa altura “de um desentendimento no topo da bancada”, envolvendo “um indivíduo, transportando uma câmara de filmar, que informou ter sido agredido, mas que não conseguiria identificar o agressor”.

A GNR assegura que o repórter foi acompanhado pelos militares até à sua viatura, não tendo aqueles presenciado “nenhum tipo de agressão”.

O União de Almeirim, que lidera a primeira divisão distrital, eliminou o Amiense no domingo por 5-4, em grandes penalidades, depois de o jogo ter terminado empatado a dois golos.

*Artigo atualizado, com a reação da GNR

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