2013

18 de setembro – O Caledonian Bank, uma instituição bancária das Ilhas Caimão, recebe uma ordem de transferência no valor de 34.627 euros, através do acesso ilegítimo ao seu sistema informático para uma conta titulada por Rui Pinto.

10 de outubro – O banco das Ilhas Caimão é alertado pelo cliente titular da conta por uma transferência para uma conta no nome de Rui Pinto, a segunda no espaço de um mês e, desta feita, no valor de 229.748 euros.

18 de outubro – O Caledonian Bank apresenta uma queixa-crime contra Rui Pinto no Ministério Público na sequência do ataque ao sistema informático.

2014

18 de setembro – Os advogados do Caledonian Bank e de Rui Pinto, representado neste caso por Aníbal Pinto, acabam por chegar a um acordo e o inquérito-crime é arquivado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto no mês seguinte.

2015

29 de setembro – Criação do Football Leaks no domínio http://football-leaks.livejournal.com. Na sua primeira publicação, os responsáveis pelo site assumem o propósito de “divulgar a parte oculta do futebol”, considerando que este “está podre”.

30 de setembro – O Sporting anuncia em comunicado que vai pedir às autoridades a investigação dos ficheiros divulgados. “O Sporting Clube de Portugal não se pronuncia sobre a autenticidade dos 'documentos' que circulam na internet. No entanto, e porque os referidos documentos conterão assinaturas de administradores e/ou funcionários do clube, o assunto será esta tarde entregue às autoridades policiais para investigação”, refere a nota emitida pelos ‘leões’ nesse dia.

03 de outubro – O empresário Nélio Lucas, representante legal da Doyen Sports, recebe um email de uma pessoa que se identificou como Artem Lobuzov, no qual esta garantia ter em sua posse documentação confidencial do fundo de investimento sediado em Malta e sobre o qual vinha expondo diversos ficheiros. Na mensagem, o autor do email mostrou-se disponível para manter a confidencialidade das informações a troco de uma contrapartida financeira.

04 de outubro – O fundo de investimento Doyen Sports apresenta também queixa contra o Football Leaks. “Em tempo oportuno, em 4 de outubro de 2015, a Doyen participou criminalmente às autoridades policiais os diversos crimes de que foi alvo. Disponibilizámos às autoridades tudo o que nos foi solicitado, nomeadamente elementos indiciadores de que os autores desse website tentaram extorquir dinheiro a troco de silêncio. Uma tentativa de extorsão com ameaças constantes à Doyen e a seus representantes”, lê-se no comunicado da empresa divulgado em 17 de dezembro desse ano.

21 de outubro – Encontro presencial numa estação de serviço da autoestrada A5, em Oeiras, entre Nélio Lucas, representante legal da Doyen Sports, e Aníbal Pinto, à data advogado de Rui Pinto. Nesse encontro, que foi acompanhado por elementos da Polícia Judiciária após queixa da Doyen, Aníbal Pinto disse que o seu cliente era o responsável pela criação do Football Leaks e respetiva divulgação de documentos e que este estaria disponível para celebrar um acordo que cessasse a revelação de tais documentos. A contrapartida situar-se-ia entre os 500 mil e o milhão de euros, mas o acordo não se concretizou.

30 de novembro – Football Leaks muda de endereço, após ter sido, segundo os responsáveis, “censurado pela plataforma Livejournal” pela segunda vez em dois meses. O sítio http://footballleaks2015.wordpress.com é o novo local de alojamento e o único possível de consultar ‘online’ atualmente.

2016

07 de março – O blogue Football Leaks Revealed desvenda pela primeira vez o nome de Rui Pinto, então com 27 anos, como o responsável pela divulgação massiva de documentos sobre o futebol mundial.

09 de março – Numa nota publicada em inglês no Football Leaks, é negada qualquer relação do português à plataforma: “O homem mencionado nas notícias não tem qualquer ligação ao Football Leaks”.

26 de abril – O 'site' anuncia que vai fazer uma pausa e que as razões podem ser lidas em breve na revista alemã Der Spiegel. É a partir daqui que as revelações passam para a esfera do European Investigative Collaborations (EIC), um consórcio internacional de jornalismo de investigação, com o qual o Football Leaks partilhou milhões de documentos.

03 de dezembro – Reportagens com base nos ficheiros partilhados pelo Football Leaks começam a ser publicados em diversos órgãos de comunicação social europeus que integram o EIC, num desenvolvimento que ficou conhecido como a segunda fase das revelações.

2017

13 de junho – O futebolista português Cristiano Ronaldo é acusado pela justiça espanhola de evasão fiscal, entre 2011 e 2014, segundo uma investigação do jornal El Mundo a partir de documentação fornecida pelo Football Leaks, num dos casos mais mediáticos que surgiu através das revelações do 'site'.

2018

16 de setembro – A revista Sábado publica um extenso artigo que indica que o português Rui Pinto “é o único suspeito de ter roubado a correspondência privada ao Benfica” e expõe a sua fotografia publicamente, associando-o também às revelações do Football Leaks.

28 de setembro – A partir de documentos recolhidos pelo Football Leaks, a revista alemã Der Spiegel revela que Cristiano Ronaldo foi acusado de violação por Kathryn Mayorga, uma cidadã norte-americana, num episódio que remonta a 2009, falando publicamente pela primeira vez sobre o encontro com o internacional português em Las Vegas.

05 de novembro – Arranca uma nova etapa de revelações sobre o mundo do futebol por intermédio do EIC com base nos ficheiros do Football Leaks. Um dos casos mais mediáticos aponta para uma alegada violação do ‘fair-play’ financeiro da UEFA por parte do campeão inglês Manchester City.

2019

16 de janeiro – Rui Pinto é detido em Budapeste, na Hungria, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

18 de janeiro – Um juiz húngaro decreta prisão domiciliária ao colaborador do Football Leaks, enquanto este aguarda o desenrolar do processo de extradição para Portugal, ao qual Rui Pinto se opôs taxativamente.

25 de janeiro – O advogado francês William Bourdon, um dos representantes legais do colaborador do Football Leaks, reconhece em entrevista à publicação alemã Der Spiegel que “Rui Pinto é o ‘John’”, em alusão ao pseudónimo utilizado pelo jovem português.

01 de fevereiro – Rui Pinto fala publicamente pela primeira vez e admite ser “o ‘John’ dos Football Leaks”. Recusa assumir-se como 'hacker', autodenominando-se “um cidadão que agiu em nome do interesse público”.

13 de fevereiro – Um tribunal de Budapeste rejeita o recurso do Ministério Público húngaro para colocar Rui Pinto em prisão preventiva e mantém-no em prisão domiciliária.

05 de março – Justiça húngara decide entregar o colaborador do Football Leaks a Portugal, apesar de Rui Pinto ter apelado para a sua não entrega, defendendo ser “uma questão de vida ou de morte”. No mesmo dia, os advogados do português apresentam recurso, que suspendeu, com efeito imediato, a sua entrega a Portugal.

14 de março – Um tribunal de segunda instância húngaro indefere o recurso apresentado pelos advogados de Rui Pinto e mantém a decisão de o entregar às autoridades portuguesas.

21 de março – Rui Pinto chega a Lisboa para ser presente a um juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial.

22 de março – O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa aplica a Rui Pinto a prisão preventiva. O advogado Francisco Teixeira da Mota anuncia que vai recorrer da medida de coação, no dia em que é conhecido o pedido de informação do Benfica ao Ministério Público sobre a prova que consta e que venha a ser apurada em sede de investigação.

29 de março – Aníbal Pinto, advogado de Rui Pinto aquando da alegada tentativa de extorsão à Doyen, em 21 de outubro de 2015, assume ter sido constituído arguido no âmbito da investigação ao colaborador do Football Leaks.

01 de abril – William Bourdon confirma que a justiça francesa fez cópia dos documentos do colaborador do Football Leaks e que as informações serão transmitidas ao Eurojust (Unidade Europeia de Cooperação Judicial). O advogado francês revelou ainda que Rui Pinto se deslocou a Paris em final de 2018 para ser ouvido pelo procurador e que este reiterou o interesse em manter a colaboração com o jovem português.

02 de abril – O Eurojust, através de declarações da eurodeputada portuguesa Ana Gomes, adianta que Rui Pinto está a cooperar com as autoridades de França, da Bélgica e da Holanda na qualidade de 'whistleblower', ou seja, como denunciante.

15 de abril – A Procuradoria Geral da República (PGR) confirma que as autoridades russas enviaram uma carta rogatória à justiça portuguesa para obter informações sobre Rui Pinto.

“Confirma-se a receção, muito recentemente, de uma carta rogatória [instrumento jurídico de cooperação entre dois países] da Federação Russa”, diz fonte da PGR à agência Lusa.

Ao contrário das autoridades belgas, francesas ou holandesas que desejam colaborar com Rui Pinto para avançar as suas investigações, particularmente em casos de evasão fiscal, as autoridades russas acusam-no de várias infrações, de acordo com a comunicação social portuguesa.

30 de abril - A Federação Portuguesa de Futebol e a UEFA pediram para serem constituídas assistentes no processo que envolve Rui Pinto. Os requerimentos chegaram ao DCIAP no início de abril, com a UEFA e a FPF a pedirem autorização para consultar os autos, alegando estar em causa o envolvimento de vários operadores ligados ao futebol.

16 de maio - O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa indeferiu os requerimentos apresentados pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pela UEFA para se constituírem assistentes no processo que investiga o português Rui Pinto, colaborador do Football Leaks.

6 de junho - O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) decidiu manter em prisão preventiva o português Rui Pinto, colaborador do Football Leaks, negando assim provimento ao recurso apresentado pela defesa do arguido.

“Face aos factos fortemente indiciados no processo e correspondentes crimes e havendo, caso fosse libertado, concretos perigos de fuga, de continuação da atividade criminosa e de perturbação do decurso do inquérito, só a medida detentiva aplicada se revela ser a adequada”, explicou à agência Lusa fonte do TRL.

28 de junho - Rui Pinto, colaborador do Football Leaks, terá acedido ao correio eletrónico de “largas dezenas de ofendidos”, nomeadamente, magistrados do Ministério Público, elementos da Administração Interna, PSP, escritórios de advogados, FIFA, FC Porto, Nacional e Confederação Sul-americana de Futebol.

Este é o principal argumento que consta do despacho do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, a pedir ao juiz de instrução criminal que declare a especial complexidade do processo, o que dará mais seis meses à investigação e, consequentemente, poderá manter em prisão preventiva Rui Pinto (arguido por aceder ilegalmente aos sistemas informáticos do Sporting e da Doyen), pelo menos, até 22 de março de 2020.

 6 de julho - Ficou a saber-se que o internacional português da Juventus, Cristiano Ronaldo, tinha estado no passado mês de junho em Lisboa para ser ouvido na Polícia Judiciária na condição de testemunha no âmbito do processo que investiga o 'pirata informático' Rui Pinto.

De acordo com a informação veiculada pela imprensa nacional, a investigação judicial já tinha apurado que Rui Pinto invadiu as caixas de correio electrónico de Cristiano Ronaldo e dos seus advogados e estará na origem das notícias sobre o caso da alegada violação nos EUA e da milionária fuga ao fisco em Espanha.

17 de julho - O Ministério Público (MP) pediu à Hungria o alargamento do Mandado de Detenção Europeu (MDE) de Rui Pinto para assim poder acusar o colaborador do Football Leaks por novos factos apurados na investigação relacionada com a Doyen e o Sporting.

24 de julho - O 'hacker' Rui Pinto é suspeito de ter entrado nos computadores do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), tendo sido o juiz Carlos Alexandre um dos alvos.

De acordo com a revista Sábado, o Ministério Público (MP) identificou a porta de entrada usada por Rui Pinto para aceder a dezenas de endereços eletrónicos, por exemplo, do Ministério da Justiça.

A invasão do sistema, refere a publicação, foi feita através da conta de email de um funcionário judicial que está identificado como vítima nos autos do processo-crime.

Foi através deste método que Rui Pinto terá acedido depois ao email que o juiz de instrução Carlos Alexandre usa no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

31 de julho - A TVI noticiou  que as perícias da Polícia Judiciária aos computadores apreendidos a Rui Pinto em Budapeste, demonstram que terá sido o hacker o autor do roubo dos emails do Benfica, entre 2008 e 2017.

O pirata informático, que se encontra em prisão preventiva, publicava esses documentos obtidos de forma ilícita no blogue 'Mercado de Benfica', pelo qual era responsável. Os emails eram também repassados para o Porto Canal.

29 de agosto - A Hungria aceitou o pedido do Ministério Público para o alargamento do Mandado de Detenção Europeu de Rui Pinto.

19 de setembro - O 'hacker' foi acusado pelo Ministério Público dos crimes de acesso ilegítimo e extorsão na forma tentada no âmbito do caso Doyen. O advogado Aníbal Pinto também foi acusado, no mesmo processo, por coautoria de um crime de extorsão na forma tentada.

Em nota enviada à comunicação social pela Procuradoria-Geral da República é possível perceber que Rui Pinto é acusado de um total de 147 crimes.

"No âmbito do designado inquérito CYBERDUNA, o Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal deduziu acusação contra dois arguidos pela prática de 1 crime de extorsão na forma tentada. O principal arguido deste processo foi ainda acusado de 75 crimes de acesso ilegítimo, 1 crime de sabotagem informática, 70 crimes de violação de correspondência, sendo 7 destes agravados", pode ler-se na referida nota.

20 de setembro - Fica a saber-se que o antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol e o advogado Nuno Morais Sarmento, também vice-presidente do PSD, estão entre as 71 testemunhas arroladas pelo Ministério Público na acusação contra Rui Pinto.

É ainda revelado que Rui Pinto realizou 307 acessos em dois meses aos servidores da Procuradoria-Geral da República e obteve documentos dos processos de Tancos, do BES e da Operação Marquês, segundo a acusação do Ministério Público.

O Ministério Público (MP) acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República (PGR), e consequente divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

3 de outubro - A revista 'Sábado' avança que o 'hacker' iria ainda enfrentar um "processo explosivo" com uma dimensão bastante superior ao primeiro.

Em causa está o facto de, alegadamente, Rui Pinto ter acedido aos servidores de alguns dos maiores clubes europeus como Real Madrid, o Barcelona, a Juventus, o Manchester City, o Benfica e o FC Porto, assim como à Rede Nacional de Segurança Interna, escritórios de advogados, IURD e às empresas de Isabel dos Santos.

8 de outubro - A defesa de Rui Pinto revela que vai requerer a abertura de instrução.

A informação foi transmitida à agência Lusa pelo advogado Francisco Teixeira da Mota, o qual acrescentou que a instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento, vai decorrer no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.

15 de outubro - Fica a saber-se que desde que Sérgio Conceição assinou pelo FC Porto, na temporada de 2017/2018, o hacker Rui Pinto passou a seguir atentamente os passos do técnico portista. Meses antes, o hacker tinha começado o ataque ao Benfica.

Segundo o Correio da Manhã, Rui Pinto "consultou os apensos do processo que vai agora ser investigado autonomamente e verificou que o primeiro acesso ao email de Sérgio Conceição foi feito a 31 de outubro de 2017. Há outros registos de acessos a funcionários dos azuis-e-brancos, mas sempre de segunda linha".

18 de dezembro - Arranca a fase instrutória.

2020

12 de janeiro - Rui Pinto fica a saber por quantos crimes vai ser julgado.

A leitura da decisão instrutória, pela juíza de instrução criminal Cláudia Pina, está marcada para as 14:00 no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no Campus da Justiça.

17 de janeiro - A juíza Cláudia Pina decide que Rui Pinto vai ser julgado por praticamente todos os crimes pelos quais estava indiciado, incluindo o de extorsão. Caíram apenas os crimes de violação de correspondência que não foram alvo de queixa por parte dos lesados.

Rui Pinto  estava acusado pelo Ministério Público de 147 crimes de acesso ilegítimo, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão. Foi depois pronunciado por seis crimes de acesso ilegítimo, por um crime de sabotagem informática, por 17 de violação de correspondência, por 68 crimes de acesso indevido e por um de extorsão, na forma tentada, crime pelo qual o advogado Aníbal Pinto também foi pronunciado - num total de 93 crimes.

4 de fevereiro - O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu “julgar improcedente” o recurso apresentado por Rui Pinto, criador do Football Leaks, e manteve o ‘hacker’ em prisão preventiva.

5 de fevereiro - A revista Visão publicou um artigo sobre o caso Rui Pinto, no qual garante que o Ministério Público Francês admitiu que tinha intenções de proteger o 'hacker' português para que este fosse usado como "testemunha cooperante".

Jean-François Bohnert, do Ministério Público de França, explicou à referida revista que Rui Pinto "entregou ao Parquet National Financier alguma informação e material que tinha na sua posse e que podia ser útil para a nossa investigação".

Além disso, Rui Pinto "era considerado uma testemunha cooperante e, antes de ser detido, as autoridades francesas estavam, de facto, a ponderaram sobre o tipo de proteção que lhe poderia ser oferecida".

24 de fevereiro - A defesa de Rui Pinto, criador do Football Leaks, anunciou que iria apresentar uma queixa contra Portugal na União Europeia, alegando que as regras europeias de extradição do seu constituinte não foram respeitadas.

"Houve várias irregularidades na extradição de Rui Pinto ao abrigo do direito europeu", em particular no que diz respeito ao "princípio da (regra da) especialidade", afirmou a agência France Press Luísa Teixeira da Mota, uma das advogadas de Rui Pinto.

5 de março - Mais de uma centena de personalidades ligadas à política, ao desporto, à cultura, ao jornalismo e à educação pediram a libertação de Rui Pinto, criador do Football Leaks e autor das revelações do caso Luanda Leaks.

O manifesto, que tem entre os subscritores os ex-ministros José Vera Jardim e Miguel Poiares Maduro, a coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins, eurodeputados, o escritor José Eduardo Agualusa, humoristas, jornalistas, advogados e antigos atletas, entre outros, apela para o “fim da prisão preventiva” de Rui Pinto.

22 de março - Ficou a saber-se que o Ministério Público não desistiu de acusar o 'hacker' de mais 57 crimes.

O pirata informático esteve indiciado por 147 crimes, mas a juíza de instrução 'deixou cair' 57. O Ministério Público não concordou com a decisão e já apresentou recurso para que os restantes crimes sejam repostos na acusação.

6 de abril - Ana Gomes voltou a sair em defesa de Rui Pinto, ao fazer uma comparação entre a detenção do hacker português e colaborador do Football Leaks, e o facto de inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) suspeitos de agredir um cidadão ucraniano até à morte estarem em casa.

"Não compreendo que Rui Pinto seja mantido em prisão preventiva, enquanto agentes do SEF acusados de assassinar imigrante ucraniano são mantidos em casa", escreveu a ex-eurodeputada na sua conta de Twitter.

8 de abril - Rui Pinto, criador do Football Leaks e autor das revelações do caso Luanda Leaks, que estava em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, foi colocado em prisão domiciliária, indicaram os advogados à agência Lusa.

9 de abril - Rui Pinto demonstra “agora um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça”, segundo o despacho judicial que determinou a alteração da medida de coação.

20 de abril - O juiz Paulo Registo, a quem foi distribuído o processo de Rui Pinto, criador do Football Leaks, apresentou hoje um pedido de “escusa de intervir na tramitação e julgamento, por existir suspeita sobre a sua imparcialidade”. A escolha de Paulo Registo ficou envolta em polémica depois de ter sido descoberto que o juiz era adepto do Benfica, através de várias publicações e 'gostos' em publicações relacionadas com o clube 'encarnado' inclusive numa em que Rui Pinto era chamado de 'pirata'.

27 de maio - O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aceitou o pedido de escusa apresentado pelo juiz Paulo Registo, a quem foi distribuído o processo de Rui Pinto, criador do Football Leaks.

27 de maio -  A juíza Margarida Alves vai substituir o juiz Paulo Registo enquanto presidente do coletivo de juízes que vai julgar o processo de Rui Pinto, criador do Football Leaks, disse hoje à agência Lusa fonte judicial.

2 de junho -  Ministério Público perde o recurso para que Rui Pinto fosse levado a julgamento por 147 crimes. Desta forma, o 'hacker, em prisão domiciliária, será julgado pelos 90 crimes do despacho de pronuncia, do passado dia 17 de janeiro.

07 de agosto - Rui Pinto é  libertado e vai aguardar julgamento em liberdade, com "a obrigatoriedade de se apresentar semanalmente à PJ. A sua colcaboração com a Policia Judiciaria terá sido fundamental para deixar as instalações da Policia Judiciaria de Lisboa onde estava em prisão preventiva há 16 meses.

*Artigo originalmente publicado a 13 de janeiro de 2020

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