O ex-futebolista Andreas Brehme, autor do golo que no Mundial de 1990, em Itália, valeu o título à Alemanha, frente à Argentina (1-0), colocou em leilão a bola da final para angariar fundos para o combate à covid-19.

Brehme, que aos 85 minutos marcou, de penálti, o único tento frente à formação de Diego Armando Maradona, que defendia o título e terminou o jogo reduzida a nove futebolistas, pretende que as receitas ajudem a luta em Itália.

O antigo jogador, agora com 59 anos, jogou no Inter de Milão, entre 1988 e 1992, tendo sido campeão transalpino e conquistado a Supertaça italiana em 1989 e arrebatado a Taça UEFA em 1991.

Milão é a capital da região da Lombardia, a mais afetada pela pandemia em Itália, o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

A bola, autografada por toda a seleção liderada por Franz Beckenbauer, e na qual pontificavam, entre outros, Lothar Matthäus, Rudi Völler, Pierre Littbarski e Jürgen Klinsmann, já vale 3.150 euros, num leilão que termina apenas em 06 de maio.

Brehme colocou uma segunda bola em hasta pública, neste caso uma usada nos treinos e igualmente assinada por todos os campeões do mundo de 1990.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, com cerca de 708 mil infetados e mais de 55 mil mortos.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 17 de abril, registaram-se 345 mortes e 12.442 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.