Itália e Chelsea, num ano de sonho para Jorginho, marcaram a história de 2021, no regresso de argentino Lionel Messi aos troféus, enquanto, fora dos relvados, o projeto do Superliga Europeia fez ‘tremer’ o futebol internacional.

Além de italianos e ingleses, 2021 foi de grande sucesso para os treinadores portugueses fora de portas, com Abel Ferreira a repetir o sucesso com o Palmeiras na Taça Libertadores e Leonardo Jardim a ‘conquistar’ a Ásia com os sauditas do Al-Hilal.

Ronaldo e Messi, as duas maiores figuras do futebol mundial nas últimas duas décadas, protagonizaram as grandes transferências do ano, que começou sem adeptos nos estádios, devido à pandemia de covid-19, e que, depois de um breve regresso à normalidade, parece acabar com novas restrições.

A Itália viveu um momento ‘negro’ quando em 2018 não se apurou para a fase final do campeonato do mundo, na Rússia, algo que não sucedia há mais de 60 anos, mas regressou em ‘estilo’ e da melhor maneira possível, ao conquistar o Euro2020, disputado em 2021 devido à covid-19, com um triunfo memorável no mítico Estádio de Wembley, em Londres.

Perante 67.173 adeptos nas bancadas, quase todos a apoiarem a Inglaterra, na maior assistência num estádio europeu desde o começo da pandemia, a equipa italiana foi superior nas grandes penalidades (3-2), depois do 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento.

Sob o comando de Roberto Mancini, foi o regresso perfeito da Itália ao topo do futebol europeu e mundial e também a ‘elevação’ do médio Jorginho, que pouco meses antes tinha conquistado a Liga dos Campeões com Chelsea.

Na final do Euro2020, o jogador italiano, nascido no Brasil, até falhou uma grande penalidade no desempate com os ingleses, mas foi determinante na campanha da “squadra azzurra” na prova, assim como nos ‘blues’ na ‘Champions’.

No Estádio do Dragão, no Porto, que herdou a final em vez de São Petersburgo, na Rússia, devido à pandemia, o Chelsea impediu Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva do título europeu e levantou a ‘Champions’, com uma vitória por 1-0 sobre o Manchester City, com um golo do avançado germânico Havertz.

O Chelsea ficou com a Liga dos Campeões, e também com a Supertaça europeia, com um triunfo nos penáltis sobre o Villarreal, vencedor da Liga Europa, por 6-5, depois do 1-1 no tempo regulamentar, enquanto o Manchester City festejou o título da Premier League, com Rúben Dias a conquistar o ‘estatuto’ de melhor jogador da época em Inglaterra.

Nas principais ligas, o Atlético Madrid, de João Félix, voltou a ‘meter-se’ entre Real Madrid e FC Barcelona e conquistou o título espanhol, acontecendo o mesmo com o Lille, em França, com José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches a contribuírem para a conquista do campeonato francês, batendo o superfavorito e milionário Paris Saint-Germain.

Em Itália, a Juventus foi finalmente destronada, após nove títulos seguidos da Serie A, pelo Inter Milão, enquanto, ao contrário, na Alemanha, o Bayern Munique reforçou o estatuto de ‘dono’ da Bundesliga, com o nono campeonato seguido.

Destaque ainda para Pedro Martins, com o técnico português a ‘dar’ a segunda liga helénica consecutiva ao Olympiacos na Grécia.

Fora da Europa, depois de ter conquistado a edição anterior, cuja final foi disputada em 30 janeiro, Abel Ferreira ultrapassou as ‘probabilidades’ e colocou novamente o Palmeiras no topo do futebol sul-americano, desta vez com um triunfo sobre o Flamengo (2-1 após prolongamento) na final da Libertadores de 2021.

Dias depois de Leonardo Jardim ter também chegado ao topo do futebol asiático, com o Al-Hilal a vencer a Liga dos Campeões do continente após bater o Pohang, da Coreia do Sul, por 2-0.

Pela primeira vez desde que tomaram conta do mundo do futebol, Ronaldo e Messi trocaram de clube na mesma janela de transferências, com o português a regressar ao Manchester United e o argentino a tentar uma nova aventura no Paris Saint-Germain, depois de duas décadas no FC Barcelona.

Após três finais perdidas, Messi ‘finalmente’ conquistou a Copa América com a Argentina e, com o acréscimo de ter sido o melhor marcador do campeonato espanhol, levantou a sua sétima Bola de Ouro, apesar de algumas críticas.

Jorginho ficou ‘apenas’ em terceiro na lista da France Football, enquanto o polaco Robert Lewandowski, do Bayern Munique, apesar de somar a sexta temporada acima dos 40 golos em todas as provas, acabou por ser superado pelo ‘astro’ argentino.

No torneio de futebol dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que, tal como o Euro2020, foi disputado um ano mais tarde devido à covid-19, o Brasil ficou com a medalha de ouro no masculino e o Canadá festejou o lugar mais alto do pódio no feminino.

Nas bancadas dos estádios, o futebol foi altamente afetado com a covid-19, com grande parte das principais ligas europeias a voltarem a abrir as portas aos adeptos apenas a partir de maio, situação que voltou ao normal no verão e no arranque da nova temporada, mas que parece estar a recuar com o aumento de casos do novo coronavírus em todo continente.

Fora dos relvados, o projeto da Superliga Europeia ‘abanou’ o futebol e toda a sua estrutura, mas com rapidez foi impossibilitado que ganhar força, com ‘protestos’ que uniram UEFA, governos europeus, clubes, treinadores, jogadores e adeptos.

Real Madrid, Juventus, Manchester United, Liverpool, Arsenal, AC Milan, Atlético Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Manchester City, Tottenham e Inter Milão apareceram como os clubes fundadores da nova competição, feita sem a participação da UEFA, mas cedo este grupo se desmoronou, tal a ampliação das críticas.

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