O Ministério da Cultura da Dinamarca anunciou, no passado mês de abril, um plano para melhorar o panorama industrial dos eSports no país. A ideia passa por criar mais oportunidades de emprego dentro do segmento e alinhar os desportos eletrónicos com os circuitos nacionais de oferta cultural. Esta é uma das primeiras - senão a primeira - estratégia governamental a contemplar os eSports.

“Temos de garantir que existe uma estrutura capaz de sustentar o desenvolvimento da atividade. Os eSports estão numa fase de desenvolvimento acelerado, desportiva e economicamente, e os jogadores dinamarqueses fazem parte da elite mundial”, disse Mette Bock, ministro da Cultura da Dinamarca.

Para além do potencial económico-cultural da atividade, o governo reconhece também a existência de alguns riscos associados à prática da mesma. Os videojogos fizeram com que “muitos grupos de pessoas, especialmente nas faixas etárias mais jovens, transformassem as suas rotinas de lazer e hábitos de socialização. Os eSports criam oportunidades, mas também levantam algumas preocupações. A nossa estratégia também vai ter de endereçar esse tema”, comentou.

Na verdade, é na consciencialização que está um dos pilares principais da iniciativa. Segundo a imprensa internacional, a estratégia vai destacar o desenvolvimento de comunidades e ambientes seguros para a prática competitiva, um esforço que começará no estabelecimento de um painel de especialistas onde se vai debater as oportunidades e desafios da indústria.

Para a primeira reunião, os pontos de discussão já estão estabelecidos: a construção de uma estrutura de gestão para os eSports dinamarqueses; o reforço e desenvolvimento do talento nacional; o estabelecimento de padrões éticos para a indústria; o desenvolvimento de comunidades e associações e como podem estes organismos impactar a vida dos jogadores; como atrair mais mulheres para o meio; e como criar boas oportunidades de desenvolvimento comercial para o crescimento, empreendedorismo e empregabilidade nos desportos eletrónicos.

Mais recentemente, também Malta deu um passo decisivo no apoio à indústria, quando Joseph Muscat, primeiro-ministro, assinou um memorando de entendimento com a Electronic Sports League (ESL). A iniciativa serviu para lançar uma estratégia semelhante à dinamarquesa. Silvio Schembri, secretário responsável pela pasta dos Serviços Financeiros, Economia Digital e Inovação justificou a decisão com argumentos familiares: economia e empregabilidade.

“Os criadores de videojogos precisam de uma estrutura e de apoio que lhes permita crescer. Por isso, após várias discussões com as partes interessadas, decidimos investir em iniciativas pedagógicas que possam ajudar-nos a sustentar o talento atual, a satisfazer as necessidades da indústria e a facilitar o caminho para as gerações futuras que queiram seguir carreira neste sector”, comentou.

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